Ao mencionar as dificuldades da economia mundial, em discurso no Conselhão, o presidente da autoridade monetária disse que esse quadro se insere em um contexto de relativo esgotamento da capacidade das políticas fiscal e monetária de alavancar o crescimento em um ambiente de alterações demográficas e de pressões geopolíticas. Ele ressaltou que o ambiente doméstico tem sido impactado por importantes ajustes nas áreas fiscal, externa e monetária.
Na opinião de Tombini, esses ajustes são importantes para a solidez da economia e para o estabelecimento de um ambiente de negócios que fomente o crescimento à frente.
Numa avaliação de cenário, ele afirmou que o quadro internacional é complexo e menos previsível, citando a desaceleração do crescimento da China, a queda dos preços das commodities. "A desaceleração do crescimento, especialmente em economias emergentes, enfraquece a demanda global, estimula a aversão ao risco e retroalimenta o movimento de redução de crescimento e de aumento da volatilidade, em geral", afirmou.
Segundo ele, a relativa fraqueza da atividade econômica em economias mais avançadas contribui para o aumento das incertezas globais. Sobre a economia norte-americana, ele avaliou que a previsão de que o crescimento dos Estados Unidos viesse a tracionar a economia global vem sendo questionada pela combinação de dólar forte com as demandas global e doméstica mais fracas do que o esperado, além da queda significativa dos investimentos no setor de petróleo daquele.