Pivô de um escândalo envolvendo o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o condomínio Solaris, na Praia das Astúrias, no Guarujá (litoral paulista), é apresentado pela Construtora OAS como empreendimento de luxo com localização privilegiada, de frente para o mar. O vistoso edifício de 18 pavimentos é composto de duas torres com apartamentos com três dormitórios de 85,65 metros quadrados, 139,28m² (duplex) e 215,20m² (triplex). São quatro moradias por andar. Cada uma com duas vagas de garagem. Como atrativos para os diferentes modelos de planta, são listados pela OAS recursos como sistema de telefonia DDR (discagem direta com ramal no apartamento), alvenaria clássica – o que permite modificações internas no apartamento –, condomínio fechado totalmente murado e portaria central. A área comum do Solaris conta ainda com brinquedoteca, playground e salão de festas.
Desde que ganharam destaque na mídia informações de que Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia visitaram a reforma do triplex número 164A e o imóvel supostamente pertenceria ao ex-presidente, o local se tornou uma espécie de atração turística no município a 84 quilômetros de São Paulo – conhecido como principal destino dos paulistas nos fins de semana e feriados. Curiosos perguntam e param para tirar fotos em frente. Funcionários, por outro lado, relatam que a vidraça foi alvo de pedradas nos últimos dias. O preço médio de um apartamento no condomínio beira os R$ 400 mil. O aluguel diário não sai por menos de R$ 500.
Entenda o caso
Adquirido pela extinta Bancoop (a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), acusada de deixar mais de 3 mil famílias sem receber apartamentos, o condomínio foi construído pela OAS. A construtora é uma das empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato, que investiga pagamento de propina a partidos políticos por meio de contratos com a Petrobras. Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, um zelador e uma porteira do condomínio teriam afirmado que Lula e Marisa visitaram a reforma do triplex por ao menos duas ocasiões. Executada pela Tallento Construtora Ltda, contratada pela OAS, a reforma custou R$ 777.189,13 e ainda de acordo com a empresa responsável pelo projeto, incluiu mudanças de layout, acabamento (elétrica, hidráulica, pintura e piso), escada, impermeabilização, piscina e a instalação de um elevador privativo de R$ 62,5 mil.
O Instituto Lula alega que o casal possui apenas uma cota do empreendimento, adquirida da extinta Bancoop em nome de Marisa Letícia em 2005 e quitada em 2010. A entidade sustenta que não há crime de ocultação de patrimônio ou lavagem de dinheiro. “Esse imóvel não é do presidente Lula e de nenhum parente do ex-presidente Lula. A família do ex-presidente Lula comprou uma cota de um projeto da Bancoop. É só isso que existe. Ele pagou essa cota. Essa cota está declarada no imposto de renda do ex-presidente Lula”, completou o advogado de Lula, Cristiano Zanin, em entrevista ao Jornal nacional, da TV Globo.
Os promotores de Justiça apuram a transferência de prédios inacabados da Bancoop para a OAS. A OAS não se pronunciou publicamente sobre o assunto.
Desde que ganharam destaque na mídia informações de que Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia visitaram a reforma do triplex número 164A e o imóvel supostamente pertenceria ao ex-presidente, o local se tornou uma espécie de atração turística no município a 84 quilômetros de São Paulo – conhecido como principal destino dos paulistas nos fins de semana e feriados. Curiosos perguntam e param para tirar fotos em frente. Funcionários, por outro lado, relatam que a vidraça foi alvo de pedradas nos últimos dias. O preço médio de um apartamento no condomínio beira os R$ 400 mil. O aluguel diário não sai por menos de R$ 500.
Entenda o caso
Adquirido pela extinta Bancoop (a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), acusada de deixar mais de 3 mil famílias sem receber apartamentos, o condomínio foi construído pela OAS. A construtora é uma das empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato, que investiga pagamento de propina a partidos políticos por meio de contratos com a Petrobras. Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, um zelador e uma porteira do condomínio teriam afirmado que Lula e Marisa visitaram a reforma do triplex por ao menos duas ocasiões. Executada pela Tallento Construtora Ltda, contratada pela OAS, a reforma custou R$ 777.189,13 e ainda de acordo com a empresa responsável pelo projeto, incluiu mudanças de layout, acabamento (elétrica, hidráulica, pintura e piso), escada, impermeabilização, piscina e a instalação de um elevador privativo de R$ 62,5 mil.
O Instituto Lula alega que o casal possui apenas uma cota do empreendimento, adquirida da extinta Bancoop em nome de Marisa Letícia em 2005 e quitada em 2010. A entidade sustenta que não há crime de ocultação de patrimônio ou lavagem de dinheiro. “Esse imóvel não é do presidente Lula e de nenhum parente do ex-presidente Lula. A família do ex-presidente Lula comprou uma cota de um projeto da Bancoop. É só isso que existe. Ele pagou essa cota. Essa cota está declarada no imposto de renda do ex-presidente Lula”, completou o advogado de Lula, Cristiano Zanin, em entrevista ao Jornal nacional, da TV Globo.
Os promotores de Justiça apuram a transferência de prédios inacabados da Bancoop para a OAS. A OAS não se pronunciou publicamente sobre o assunto.