"O PSDB precisa se posicionar.
Quase duas semanas depois da deflagração da operação, a legenda do governador Alckmin ainda não abriu ou sinalizou que abrirá procedimento interno em sua comissão de Ética para avaliar o caso.
Nas gravações interceptadas pela Polícia Civil, o ex-assessor, que é um militante histórico do PSDB, tenta reiteradas vezes demonstrar que tem trânsito livre no Palácio dos Bandeirantes. "O envolvimento dele foi uma surpresa completa. O 'Moita' tinha um papel burocrático na secretaria. Ele era responsável pelo trânsito do papel e não tinha interlocução nenhuma com o governador e os secretários. Ele nunca nem entrou no gabinete do governador", afirma Edson Aparecido. Segundo ele, a indicação de Santos para o cargo foi "do partido".
Passado
A história de Santos no PSDB começou nos primórdios do partido, em 1988, quando a sigla foi fundada e ele ingressou na juventude tucana na Baixada Santista, onde era correligionário do ex-governador Mário Covas (1995/2001). Nascido em Mongaguá, ele tornou-se rapidamente um importante quadro do partido na região.
Apontado como "bonachão" e "engraçado" pelos colegas tucanos, ele viveu seu apogeu político na gestão anterior de Alckmin, quando foi chefe de gabinete do secretário de Transportes, Jurandir Fernandes.
Santos não respondeu aos contatos. A reportagem não conseguiu localizar o presidente estadual do PSDB, deputado Pedro Tobias. Questionado sobre o caso de Santos, o vereador Mário Covas Neto, presidente do PSDB municipal, afirmou que o mais prudente é esperar o fim da investigação pelos órgãos competentes para que o partido depois se posicione.
"Está se avançando um pouquinho o sinal, a condenação ainda não aconteceu. Uma acusação não faz uma pessoa ser condenada. Conheço o 'Moita' e tenho dele as melhores impressões do mundo", disse.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..