Secretário afirma que escalonamento do salário dos servidores de Minas deve ser mantido

Marco Antônio Rezende disse que espera que o parcelamento dos rendimentos dos servidores seja a única medida mais drástica reflexo da crise

Isabella Souto Marcelo Ernesto
O Secretário de estado de Casa Civil e de Relações Institucionais, Marco Antônio Rezende, afirmou nesta segunda-feira que é muito difícil o estado voltar a pagar os salários dos servidores estaduais em dia no início de maio.
“A tendência é manter o escalonamento”, afirmou. Segundo ele, os rendimentos de abril, pagos no mês seguinte, ainda devem seguir o parcelamento que começa a praticado no salário de janeiro, pago em fevereiro. Rezende representou o governador Fernando Pimentel na abertura do ano legislativo na Assembleia de Minas Gerais. Pimentel não pode comparecer, pois participa nesta tarde de reunião, em Brasília, com a presidente Dilma Rousseff e outros governadores.

Ainda segundo Marco Antônio Rezende, o governo estadual espera que o pagamento escalonado seja a pior consequência da crise. Apesar disso, ele afirmou que, se necessário, outras medidas podem ser tomadas. “O que eu não posso é garantir que não teremos outra situação pior”, disse, mas não quis adiantar quais poderiam ser essas situações.


Em janeiro o governo de Minas anunciou que 75% dos servidores, que somam 477 mil funcionários públicos do estado, que ganham até R$ 3 mil, receberiam os salários integralmente até o 5º dia útil a partir de fevereiro. Os outros 25% do funcionalismo teriam o pagamento escalonado. Ou seja, 100% dos servidores vão receber R$ 3 mil até o quinto dia útil e o restante do pagamento nas seguintes datas: para quem ganha até R$ 6 mil, a segunda parte será paga em 12 de fevereiro. Acima desse teto de R$ 6 mil, receberá em três vezes, nos dias 5,12 e 16 de fevereiro. A medida se estende ao salário de março, referente ao mês de fevereiro.

Paralisações

Sobre as ameaças de paralisações feitas por algumas categorias, o secretário disse que “ninguém está enganando ninguém”. Marco Antônio Rezende disse que a situação de queda de arrecadação não é fictícia e que o estado está sendo transparente, mas que o servidor está no papel dele de se manifestar. .