O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), manteve arquivado o inquérito contra o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG). Teori acompanhou uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), contrária ao pedido da Polícia Federal para reabrir o processo.
A Polícia Federal se baseou em novos documentos que mostram o suposto pagamento feito pelo Estado de Minas Gerais às empresas OAS e UTC, e que poderiam envolver Anastasia. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou, no entanto, que não há indícios suficientes para continuar as investigações.
O tucano chegou a ser incluído em um dos inquéritos por suspeita de lavagem de dinheiro. A investigação formal foi instaurada em março de 2015, depois que o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, afirmou em depoimento que entregou, em 2010, R$ 1 milhão a mando do doleiro Alberto Youssef a uma pessoa que parecia ser o senador.
Youssef, no entanto, negou a versão do policial e o inquérito foi arquivado em outubro. Para a Polícia Federal, o imóvel usado por Oliveira Filho para fazer o suposto repasse a Anastasia era uma casa cujos donos teriam "vínculos estreitos" com o PSDB de Minas, com Anastasia e também com o senador Aécio Neves.
Para a PGR, os novos elementos juntados pela Polícia Federal não condizem com as informações obtidas em delação premiada.