O deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia, foi o primeiro a assinar o pedido. Ele foi citado por investigados na Operação Alba Branca como um dos supostos beneficiários de propina sobre contratos da Secretaria de Estado da Educação.
O tucano, que nega o envolvimento no esquema, diz estar disposto a "furar" a fila de comissões que estão protocoladas na Casa se a oposição reunir as assinaturas necessárias.
"Pouco importa se existem cinco ou dez pedido na frente. Eu vou instalar porque o fato é grave", diz Capez. O presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), Cássio Chebabi, apontado como pivô do esquema, afirmou ter sofrido "retaliações e ameaças" por mensagem de WhatsApp de um assessor de Capez quando o pagamento da propina atrasava.
"Desde 2011, os tucanos já enterraram 26 CPIs, esperamos que essa não seja a 27.ª", afirmou a deputada petista Beth Sahão.
Aliado do governador Geraldo Alckmin, o deputado Campos Machado (PTB) diz ser contra a comissão. "Há 20 anos eu defendo que, se existe um fato sendo investigado pelo Ministério Público, o resultado da CPI vai acabar caindo lá. O que querem é um enforcamento moral do Capez", disse. .