A Vale aceitou pagar apenas esse valor que corresponde aos valores deduzidos nos últimos cinco anos, sob alegação de que uma decisão do Superior Tribunal de Justiça e um parecer da Advocacia Geral da União (AGU) estipulou em cinco anos o prazo para a prescrição dessa dívida. A ação, cobrando valores remanescentes, continua em tramitação. A dívida foi dividida em quatro parcelas e a primeira já foi paga pela empresa, mas os recursos ainda não foram repassados aos municípios, pois o cálculo e a distribuição é feita pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Pela divisão, 65% vão para os municípios onde o minério é extraído, 23% para o estado produtor e 12% para a União.
O prefeito de Congonhas e presidente da Amig, José de Freitas Cordeiro (PSDB), conhecido como Zelinho, disse que a ação continua e que se no futuro for decidido que o montante da dívida é superior, o débito deverá ser quitado. “Se perdemos, a fatura já foi paga”, frisou o prefeito. Segundo ele, Congonhas deve receber cerca de R$ 2,5 milhões, que serão usados na reforma do hospital municipal.
O prefeito lembrou que uma outra disputa entre as prefeituras e as mineradoras deve ser travada este ano, com a aprovação do novo marco regulatório da mineração. Os municípios mineradores querem que a cobrança da Cfem passe a ser sobre a venda do preço bruto do minério e não sobre o líquido, como acontece atualmente, e que a alíquota passe de 1,5% para 2%. “Ainda sim vamos continuar cobrando os mais baixos royalties de minério do mundo inteiro”. Destaca. Procurado pela reportagem, o DNPM não retornou o pedido de informação.
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