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Estado de Minas

Troca de partidos movimenta bastidores da política em Minas

Prazo legal para troca de partidos começa na quinta-feira e movimenta os bastidores da política mineira. Na Assembleia Legislativa, pelo menos 11 parlamentares devem mudar de legenda


postado em 16/02/2016 06:00 / atualizado em 16/02/2016 07:25

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais mal teve tempo de atualizar as filiações partidárias dos deputados no site e já terá de mudar tudo de novo. Depois das trocas em dezembro, permitidas por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) somente para adesão a duas legendas, os parlamentares aguardam ansiosos a promulgação, marcada para quinta-feira, da emenda que abre uma janela de 30 dias para a infidelidade partidária em qualquer direção sem risco de perder o mandato eletivo. Pelo menos 11 dos 77 deputados estaduais mineiros já estão prontos para mudar de partido em busca de agremiações maiores ou aproximação com a base do governador Fernando Pimentel (PT).


Alguns já confirmam as mudanças enquanto outros dizem estar apenas em negociação. O deputado Roberto Andrade, que está de malas prontas do PTN para o PSB, é um desses. Embora não confirme a legenda de destino, ele afirma estar de saída do partido pelo qual foi eleito. “Quero um partido que tenha representação federal”, justifica.

Outro que cansou de se abrigar em legenda nanica, no caso, o PMN, é o deputado Isauro Calais. Ele diz ter sido convidado a engrossar as fileiras do PSB, PV, PDT, PMDB, PSD e PTB e que decidirá na semana que vem. Segundo Calais, partidos pequenos dificultam até mesmo a formação de chapas para as eleições, além de não terem peso nas decisões da Assembleia e do estado. “Fazer parte de um time forte é bem melhor do que de um fraco, isso não tem dúvida”, afirmou. Nos corredores, comenta-se que o destino de Calais será o PMDB.

Também estariam prestes a virar peemedebistas os deputados Thiago Cota, que no fim do ano deixou o PPS e foi para o PMB, Douglas Melo (PSC) e Deiró Marra (PR). Nos dois primeiros casos, a articulação teria relação com as possíveis candidaturas às prefeituras de Mariana e Sete Lagoas, respectivamente. As possíveis novas filiações só podem ocorrer com o aval da bancada do PMDB, que, diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, quando parlamentares com mandato eram vetados, deve ter mais boa vontade. O motivo é que dois deputados estaduais concorrerão a federais em 2018, o que deixará pelo menos duas vagas disponíveis para evitar a redução da bancada de 10. Quem também deve fazer a triangulação é o deputado Lafayette Andrada, que em dezembro deixou o PSDB para se filiar ao PMN. Ele agora deve ir para o PSD.

Deiró Marra disse que ainda aguarda a janela partidária para se decidir, mas confirmou ter conversas com PMDB e PSB. Thiago Cota e Douglas Melo não foram encontrados. Ainda entre os governistas, o deputado Glaycon Franco deve deixar o PTN rumo ao PV. O parlamentar diz estar conversando, mas antecipou: “Tudo leva a crer que vou para o PV mesmo por uma questão de afinidade”. Do PTdoB, os deputados Fábio Avelar e Emidinho Madeira devem sair. O primeiro disse ter conversas com PV e PR e que ainda vai definir. Já Emidinho estaria certo no PR.

No campo da oposição, Felipe Atti estaria trocando o PP pelo PTB, permanecendo entre os contrários ao governo Pimentel. Quem pode ser a grande surpresa é o secretário-geral do PSDB, deputado João Vítor Xavier, cotado para ser candidato a prefeito de BH. Circula na Casa que ele estaria inclinado a trocar o partido pelo PSD, principalmente se não houver sucesso na articulação entre os tucanos para levar o senador Antonio Anastasia à PBH. Xavier disse que, só depois de publicada a janela, pensará. “Estou tentando construir meu caminho no PSDB e um bom caminho para o partido, não necessariamente passando pela minha candidatura, e tentarei à exaustão. Espero que seja possível”, afirmou. Outro tucano que chegou a ser citado entre as possíveis trocas foi Dalmo Ribeiro, mas o parlamentar negou ter qualquer intenção de deixar o PSDB. “Nunca passou pela minha cabeça deixar o partido pelo qual fui o mais votado no estado e na minha região.”


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