Os secretários municipais de Belo Horizonte e outros agentes políticos da Prefeitura a eles equiparados podem ter os salários reduzidos em 18% a partir do mês que vem, caso os vereadores aprovem uma proposta de emenda à lei orgânica apresentada nesta terça-feira. De autoria do presidente da Casa, vereador Wellington Magalhães (PTN), o texto estabelece que o secretariado do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que atualmente tem vencimentos de R$ 16.563,23, não pode ganhar mais do que o vereador, cujo subsídio é de R$ 13.629,46. Para que a proposta vire lei são necessários 28 votos em dois turnos no plenário.
Além dos secretários, os presidentes das fundações municipais de cultura, parques municipais, zoobotânica, Sudecap, Bhtrans, Prodabel, Urbel, Belotur e Superintendência de Limpeza Urbana ganham salários maiores do que os vereadores, pois são equiparados aos secretários. Os secretários-adjuntos, também enquadrados na proposta, mas seus vencimentos atuais, de R$ 13.596,68 não superam os dos parlamentares, portanto não haverá corte.
Segundo o presidente da Câmara, o projeto vem para gerar economia aos cofres públicos municipais. “Hoje os secretários ganham mais de R$ 2 mil a mais que os vereadores. O Lacerda vem fazendo cortes necessários, está fazendo isso nos cargos de recrutamento amplo, acho que o primeiro escalão também tem de ajudar o prefeito nesse esforço”, afirmou Wellington Magalhães. A expectativa do vereador, responsável pela pauta da Casa, é que o projeto seja aprovado até o mês que vem. De acordo com ele, todos os vereadores são favoráveis.
“O exemplo começa pelos grandes. Se o secretário dele ganha mais que os vereadores, então vamos igualar os salários de todos”, reforçou.