Em entrevista antes de seguir para a sessão plenária, Cunha disse que é "um erro" interpretar que a eleição para líder do PMDB é entre um apoiador e um opositor ao governo federal. O presidente da Câmara lembrou que Motta votou na presidente Dilma Rousseff, ao contrário de Picciani, que fez campanha para o candidato do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Cunha ressaltou ainda que tanto Picciani quanto Motta já se comprometeram a contemplar todas as alas do PMDB na indicação para as oito vagas a que o partido terá direito na comissão especial do impeachment. O presidente da Câmara aguarda resposta do Supremo Tribunal Federal aos embargos declaratórios que impetrou contra o rito do impeachment estabelecido pela corte para instalar o colegiado.
Eduardo Cunha voltou a criticar o que classifica como "manobras" de Picciani para aumentar "artificialmente" a bancada do PMDB, trazendo de volta deputados que estavam licenciados e usando outros partidos para abrir vagas para suplentes do PMDB. Para ele, caso Picciani venha a ganhar, ele será reeleito por meio de uma eleição artificial.
Para o presidente da Câmara, Picciani tem feito isso mais por um jogo eleitoral, do que por um "objetivo político" de colocar o suplente para participar da votação da liderança do PMDB. Ele lembrou que chegou a sugerir a Picciani e a Motta que só permitissem a votação de deputados efetivos, mas eles não aceitaram..