"Todos nós estamos sujeitos à Lei.
"Eu não estou aqui para julgar as pessoas e vamos aguardar que seja feita a justiça", completou Marina. Lula, de quem Marina foi ministra do Meio Ambiente no primeiro mandato do ex-presidente, é investigado na Lava Jato por suspeitas de usar um sítio em Atibaia (SP) cuja reforma foi paga dinheiro de empreiteiras investigadas na operação.
Já o Ministério Público de São Paulo apura se o ex-presidente seria o proprietário de um apartamento no Guarujá (SP) reformado pela OAS. Lula nega o envolvimento nos casos e ainda que seja proprietário do imóvel.
Marina citou a Justiça para ainda defender o aprofundamento das investigações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo que pode levar à cassação da chapa da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB), vencedora das eleições em 2014. "Confiar na ação da Justiça e nas instituições é o que temos de fazer neste momento", afirmou.
Economia
A ex-senadora proferiu, na tarde desta terça-feira, 16, palestra a alunos na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP), na cidade do interior paulista. Durante o evento, Marina retomou as críticas à economia brasileira e afirmou que o País tem "cinco planos econômicos", o que gera o descrédito de investidores.
"Temos o plano do Renan (Calheiros), do PMDB, do PT via Fundação Perseu Abramo, do (ex-ministro) Joaquim Levy e o do atual ministro (Nelson Barbosa). Como investidores vão acreditar, se temos cinco planos econômicos?", indagou.
Durante a palestra sobre responsabilidade social e ambiental, Marina considerou que o País vive um grave problema de "corrupção", mas avaliou que as mudanças dependem de todos.
Além disso, Marina criticou a "fulanização" de conquistas ocorridas no País. "A estabilidade econômica não pode ser do Fernando Henrique o ou do PSDB. A inclusão social não é do PT e do Lula", disse. "É preciso que a conquista seja institucionalizada e não fulanizada".
Indagada sobre o desastre ambiental ocorrido após o rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), a ex-ministra classificou o fato como um "crime" e pediu mudanças na legislação para ampliar a punição aos culpados. "Isso não foi um desastre, foi um crime. E é preciso transformar crimes dessa natureza em hediondos", concluiu..