Brasília - Reconduzido nesta quarta-feira à liderança do PPS na Câmara, o deputado Rubens Bueno (PR) chamou de manobra jurídica a ação que livrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de prestar depoimento ao Ministério Público em São Paulo.
Ontem, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) suspendeu o depoimento do ex-presidente e de sua mulher, Marisa Letícia, no inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo sobre suposta propriedade de familiares do petista de um tríplex na praia do Guarujá, no litoral paulista. O depoimento estava previsto para esta quarta-feira no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista.
Bueno também questionou a instalação de uma antena de telefonia da operadora Oi ao lado do sítio frequentado pelos familiares do petista em Atibaia, no interior de São Paulo. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a instalação teria sido um "presente" da empresa a Lula. "Lula é mesmo um sujeito antenado. Onde ele frequenta sempre surgem, do nada, reformas milionárias, antenas, elevadores privativos, jatinhos e uma série de mordomias. E tudo pago por empreiteiras e outras empresas que fizeram negócios com o governo na época em que foi presidente da República", ironizou.
Em dia de definição de liderança nas principais bancadas na Casa, Rubens Bueno foi reconduzido à função de líder do PPS por unanimidade. Ele ocupa o cargo desde 2011. Em 2001, o deputado comandou o bloco PDT-PPS.
O PPS tem hoje 10 deputados e é um dos defensores no Congresso da bandeira do impeachment da presidente Dilma Rousseff.