"Eu vou me licenciar, mas se houver uma necessidade agora de haver outra indicação do presidente do partido (senador Ciro Nogueira) para o ministério, eu não tenho problema em relação a isso. Se for necessária uma composição da liderança, acho que é o momento de fazer isso sem problema nenhum", afirmou Occhi. E complementou: "Eu sempre coloquei o cargo à disposição do partido. Da presidenta, o cargo é dela mesmo, então, não precisa colocar à disposição."
Embora Occhi fale em afastamento, é provável que ele deixe o cargo após a cirurgia, ainda sem data marcada. O tumor foi descoberto em fase inicial e o ministro está fazendo exames. "Estou nos últimos exames, ainda tem que fazer um preparatório. Tem algum desconforto, a pressão sobe um pouco.
O PP pretende usar a pasta numa composição política que pode depender da disputa pela liderança do partido na Câmara, protagonizada pelos deputados Aguinaldo Ribeiro (PB) e Cacá Leão (BA). A eleição está acirrada e a vaga no ministério ajudaria a evitar um racha. O novo líder deve ser conhecido na próxima quarta-feira numa disputa de segundo turno. O preferido da cúpula do partido para ocupar o ministério é Cacá Leão.
O Ministério da Integração Nacional tem como principal obra a transposição do rio São Francisco. Dilma estipulou prazo até dezembro para que o projeto seja concluído, o que tem ocupado o tempo do ministro.
No cargo desde março de 2014, quando sucedeu Aguinaldo Ribeiro, Occhi é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal. Antes de assumir a pasta, ele foi vice-presidente de Governo do banco..