Apesar de o governo ter anunciado esta semana que quer colocar o texto para votação no Congresso Nacional em 60 dias, o Planalto ainda não conta com total apoio dos parlamentares petistas.
Costa enfatizou o empenho dele e do atual líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), de dialogar com a oposição. "Estamos conversando inclusive com os líderes do PSDB e do DEM para votarem a favor da reforma. Hoje eu fiquei indignado com o comportamento do PT, que comunicou que vai se reunir na próxima semana para dizer se é a favor ou contra à reforma da Previdência. Eu não aceito esse tipo de comportamento. O PT está trabalhando a favor da presidente Dilma ou contra ela?", questionou.
O vice-líder do governo fez ainda um apelo para que o PT "feche questão" a favor da reforma da Previdência, como já foi solicitado pela presidente em reunião no início da semana. Em seguida, o líder do partido da Câmara, Afonso Florence (PT-BA), rebateu as críticas, dizendo que "os parâmetros pelos quais o vice-líder se baseou inexistem".
De acordo com Florence, a posição do PT até agora é a mesma de Dilma. "A presidente disse que a reforma não pode ter retirada de direitos.
Para Florence, se a presidente achasse que a reforma deveria ser votada agora, teria pautado o debate do fórum há mais tempo, porém isso só foi feito nesta quarta-feira, 17.
"A presidente diz que a reforma da Previdência não vai incidir na saúde fiscal desse governo. Se perguntar a minha prioridade, eu quero enterrar o famigerado fator previdenciário, portanto considero que todos os aspectos dessa realidade venham à pauta. Nós temos que garantir a tributação dos ricos e implementar políticas para a retomada do emprego e da renda", afirmou..