A campanha da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer, reeleita na disputa presidencial de 2014, é alvo de pelo menos quatro ações na corte eleitoral - todas apresentadas pelo PSDB e pela coligação Muda Brasil, do candidato derrotado do partido, senador Aécio Neves (MG). As quatro ações apontam abuso de poder político e econômico durante a campanha.
"Ao acatar a ação proposta pelo PSDB, o tribunal reconhece haver fortes indícios de abuso de poder econômico e político e utilização de dinheiro da corrupção e caixa dois na última campanha presidencial", afirma a nota. "Ao invés de despender energia mais uma vez atacando o PSDB, deveria a presidente da República dedicar-se a se defender das inúmeras e graves acusações que pairam sobre sua campanha."
O deputado Carlos Sampaio (SP), vice-presidente do PSDB e coordenador jurídico do partido, disse que a alegação da defesa de Dilma "beira o ridículo". "São os ex-diretores das empresas e os ex-diretores da Petrobrás, indicados pela Dilma e pelo Lula, que afirmam, em suas delações já acolhidas pelo STF, que participaram do esquema criminoso para desviar dinheiro de propina para o PT. Em momento algum esses delatores fazem menção a dinheiro desviado para qualquer partido de oposição", afirmou Sampaio.
O deputado tucano também chama de "frágeis" os argumentos da petista de que o partido da oposição ao governo federal faz "manejo temerário" da Justiça "Afinal, se o PSDB estivesse fazendo manejo temerário da Justiça como ela alega, a ação não teria sido, sequer, recebida pelo TSE", declarou.
Sampaio também cita o juiz federal Sérgio Moro - responsável pela Lava Jato na 1.ª instância -, que, segundo ele, "foi categórico ao afirmar, em ofício encaminhado à mais alta corte eleitoral, que restou provado que as campanhas do PT receberam dinheiro de origem ilícita, decorrente do esquema de corrupção da Petrobras".
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