Delcídio deixa prisão em Brasília na noite desta sexta-feira

O senador estava preso desde novembro do ano passado, acusado de atrapalhar as investigações da operação Lava-Jato

Estado de Minas
- Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO CONTEUDO

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) deixou a prisão na noite desta sexta-feira. Ele estava no Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Distrito Federal. Delcídio deixou o local por volta das 20h da noite. A soltura dele ocorreu após decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-líder do governo Dilma no Senado terá de ficar em casa "no período noturno e nos dias de folga". Delcídio não poderá deixar o País e terá de comparecer quinzenalmente à Justiça. Ele estava preso desde 25 de novembro do ano passado.

O advogado de Delcídio, Luiz Henrique Machado, confirmou que o senador dormirá esta noite em Brasília, onde permanecerá para "exercer o seu cargo de senador" já na próxima semana.

Algumas questões não ficaram esclarecidas, como se o senador poderá sair no período noturno.
Machado também não confirmou se Delcídio poderá ou não manter contato com outros investigados. De acordo com ele, isso poderia interferir em sua atividade parlamentar.

O STF decretou a prisão do senador - a primeira de um parlamentar no exercício do mandato - pelo fato de, segundo o Ministério Público Federal, Delcídio ter atuado para impedir Cerveró de fazer delação.

A prisão do senador foi embasada em uma gravação apresentada à Procuradoria-Geral da República por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo a procuradoria, o senador ofereceu R$ 50 mil por mês para Cerveró e sua família, além de um plano de fuga.

Segundo os procuradores, o objetivo de Delcídio era evitar que o ex-diretor fizesse acordo de delação premiada. Os fatos ocorreram em uma reunião da qual participaram Bernardo Cerveró, o ex-advogado de Cerveró Edson Ribeiro e o senador Delcídio.

Com agência.