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Estado de Minas

Diálogo sugere que OAS reformou sítio


postado em 21/02/2016 00:12

São Paulo – Mensagens de texto trocadas pelo celular entre o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e o executivo da empresa Paulo Gordilho reforçam suspeitas de ligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua mulher, Marisa Letícia, com o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior de São Paulo, e com o triplex no condomínio Solaris, no Guarujá, litoral do estado.

A informação foi revelada pela revista Veja em sua edição deste fim de semana. Os textos, de fevereiro de 2014, indicam que Gordilho e Léo Pinheiro, este ainda na presidência da OAS, estavam empenhados em concluir um projeto de instalação de cozinha que, na avaliação dos investigadores, seria a do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, e também a do apartamento no litoral – ambas propriedades atribuídas ao petista e sua família, o que é negado pelos advogados dele.

“O projeto da cozinha do chefe está pronto. Se (puder) marcar com a Madame pode ser a hora que quiser”, escreveu Gordilho. “Amanhã às 19h vou confirmar, seria bom também ver se o do Guarujá está pronto”, respondeu Léo Pinheiro. “O do Guarujá está pronto”, devolveu Gordilho. “Em princípio, amanhã às 19h”, anotou Léo Pinheiro.

Segundo a revista, os investigadores consideram que “chefe” é uma referência a Lula e “madame” uma citação a Marisa Letícia. Estas e outras mensagens foram resgatadas pela Operação Lava-Jato em dois aparelhos celulares do empreiteiro.

Preso Léo Pinheiro foi preso pela Polícia Federal em novembro de 2014, na Operação Juízo Final, etapa da Lava-Jato que pegou alguns dos maiores construtores do país como integrantes de um cartel que se apossou de contratos bilionários da Petrobrás entre 2004 e 2014. O empreiteiro foi condenado a 16 anos e quatro meses de reclusão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A força-tarefa da Lava-Jato e também o Ministério Público de São Paulo suspeitam que a OAS, junto com outras empreiteiras, bancou reformas do triplex 164-A do Solaris e do sítio Santa Bárbara. Depoimentos de engenheiros que trabalharam nos dois locais indicam que Marisa Letícia queria celeridade nas obras.

Em outras mensagens, Gordilho pergunta a Léo Pinheiro se a reunião estava confirmada. “Vamos sair a que horas?”. “O Fábio ligou desmarcando. Em princípio será às 14h na segunda. Estou vendo, pois vou para Uruguai”, respondeu ele. Segundo a revista, os investigadores supõem que Fábio é Fábio Luís, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente. Os advogados da OAS afirmaram que não tiveram acesso às mensagens e que, por isso, não iriam comentar. O Instituto Lula não se pronunciou.


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