Marqueteiro do PT é alvo da 23ª fase da Lava-Jato

A nova fase da Operação Lava-Jato mira o marqueteiro PT João Santana e o s pagamentos feito a ele pela Construtora Norberto Odebrecht, cujos donos são acusados de pagar R$ 138 milhões em propina para participar de oito obras da Petrobras

João Santana - Foto: Agência PT de Notícias

João Santana, marqueteiro do PT, é um dos alvos da Operação Acarajé - 23ª fase da Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal, nesta segunda-feira. Santana trabalhou nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

A nova fase mira os pagamentos feitos pela construtora Norberto Odebrecht para Santana, no exterior.

Foram presos o operador de propinas Zwi Skornik e estão em andamento buscas e apreensões ainda na Odebrecht. As medidas contra Santana foram prejudicadas, pois ele está fora do país.

A operação Lava-Jato foi deflagrada em março de 2014 mirando um grupo de doleiros, entre eles Alberto Youssef que delatou o esquema de corrupção na petroleira.

Cerca de 300 policiais federais cumprem 51 mandados judiciais, sendo 38 de busca e apreensão, duas de prisão preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. Os mandados são cumpridos nos estados da Bahia (Salvador e Camaçari), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Petrópolis e Mangaratiba) e São Paulo (São Paulo, Campinas e Poá).

Foco das investigações desta fase é o cumprimento de medidas cautelares, a partir de representação da autoridade policial, relacionadas a três grupos: um grupo empresarial responsável por pagamento de vantagens ilícitas; um operador de propina no âmbito da Petrobras; e um grupo recebedor, cuja participação fora confirmada com o recebimento de valores já identificados no exterior em valores que ultrapassam 7 milhões de dólares.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, onde permanecerão à disposição do juízo da 13ª Vara da Justiça Federal. A 23ª fase da Operação Lava-Jato foi denominada “Acarajé” em alusão ao termo utilizado por alguns investigados para nominar dinheiro em espécie.

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