Encaminhado pela Advocacia-Geral da União (AGU), responsável pela defesa da petista, a manifestação tem como um dos eixos centrais o argumento de que o embargo de declaração, apresentado pela Câmara, ocorreu antes da divulgação do acórdão do julgamento sobre o processo de impedimento da presidente, realizado em dezembro.
No documento enviado ao STF na última sexta-feira, a AGU destaca trecho de nota técnica formulada pela assessoria jurídica da Casa Civil sobre a questão.
A manifestação da Presidência da República foi inserida na ação, sob relatoria do ministro Luis Roberto Barros. Ele foi o responsável por conduzir no final do ano passado o julgamento na Corte sobre o rito de impedimento da presidente. Na ocasião, a maioria dos ministros o acompanhou em seu voto e decidiu anular o trâmite imposto pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Regras
Entre as regras estabelecidas pelo STF está a proibição de candidaturas avulsas de deputados para compor a comissão especial de impeachment, e a votação aberta em plenário para a formação do colegiado. Somente após a aprovação por maioria simples dos senadores poderá ser instaurado o procedimento, o que geraria afastamento de Dilma do cargo por 180 dias.
A decisão de que cabe ao Senado a palavra final sobre o processo é reforçada pela AGU. Os advogados do Senado também destacam o poder dado pelos ministros do Supremo para recusar processo de impeachment.
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