"Em momentos de ajustes, todas as áreas do governo são atingidas pelos cortes e programas e projetos têm ritmo reduzido e os prazos aumentam", diz Aldo sobre a falta de verba nas Forças Armadas e que está sendo considerada crítica pelos militares. "Projetos essenciais têm de ser preservados para não ameaçar nem a construção dos submarinos, a compra dos caças, o reequipamento do Exército e nem o sistema de vigilância de fronteira e cibernético. Outro desafio é de encontrar uma forma de financiamento da atividade de defesa que escape da sazonalidade de financiamento, como tem a educação e a saúde", completa o ministro.
A solução para o petista, é uma porcentagem do PIB da ordem de 2% destinada obrigatoriamente para a Forças Armadas, como acontece em países que consideram a agenda de defesa "uma coisa importante e séria". "Somos o país dos BRICS com menor porcentual do PIB para a defesa (a média dos países é de 2,31% do PIB e o Brasil 1,4%). Somos também o país com menor porcentual do PIB para defesa da América do Sul (a média é de 1,71%). Precisamos valorizar mais a nossa agenda de defesa.
Faz tudo
Sobre o Exército ser uma espécie de 'faz tudo', o ministro reforça que a atividade principal é a defesa do País mas, "subsidiariamente elas ajudam em vários segmentos, seja no combate ao zika ou à seca". "Em tom de brincadeira, se diz que as Forças Armadas hoje são uma espécie de Posto Ipiranga, onde tem de tudo e se faz de tudo, ou o canivete suíço da Pátria. Mas não pode perder nem a perspectiva nem o fato porque são homens e mulheres treinados para a defender o País e adestrados para a guerra. Nós não podemos nos desviar desta missão. As outras são subsidiárias", afirma.
Questionado se a vitória de Leonardo Picciani como líder da bancada do PMDB na Câmara alivia o Planalto, o ministro afirma que fortalece as condições para o governo consolidar a sua maioria no Congresso e garantir a governabilidade. "A vitória de um candidato que tem compromisso com a governabilidade, em um partido fundamental para a governabilidade, é uma boa notícia para o governo e para o País".
CPMF
"O governo está construindo maioria política no Congresso. Mobilizando e sensibilizando governadores e prefeitos e oferecendo alternativa de CPMF que seja transitória, com começo meio e fim, partilhada com os entes federativos, com destinação bem definida, sem possibilidade de desvio, é possível aprovar", avalia Aldo..