O advogado Fábio Toufic, que defende João Santana, informou ter protocolado, nesta tarde, documento para informar à Justiça que o marqueteiro e sua esposa, Monica Moura, agendaram o retorno ao Brasil. Segundo a defesa, o retorno ocorrerá "nas próximas horas". Alvos da Operação Acarajé - 23ª fase da Lava-Jato deflagrada nesta segunda-feira os dois encontravam-se na República Dominicana e, portanto, a Polícia Federal não pôde cumprir os mandados de prisão temporária deles.
O documento, segundo o advogado, foi protocolado junto à 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Curitiba, aos cuidados do juiz federal Sergio Moro - que conduz as ações da Lava-Jato.
Com receio de manifestações por parte de grupos anti-PT, a defesa do marqueteiro incluiu no documento enviado à Justiça um pedido de medidas para evitar que haja um "odioso espetáculo público" na chegada de Santana ao aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. "Termos em que, confiando que serão tomadas todas as medidas para que sua chegada ao País não se transforme em um odioso espetáculo público", diz o documento.
A defesa alega ainda ser mentirosa a informação divulgada pela imprensa que João Santana teria desistido de embarcar para o Brasil ontem ao saber que seria alvo de mandado de prisão temporária da Lava-Jato. "É mentirosa e leviana a alegação veiculada em alguns periódicos na manhã de hoje, de que teriam desistido de embarcar em voo que chegaria hoje ao Brasil. O referido bilhete aéreo foi emitido pela agência de viagens há mais de uma semana por engano, tanto que cancelado no mesmo dia. Perversa, portanto, qualquer relação que se queira fazer entre esse fato e a operação deflagrada na data de hoje."