Conserino conduz investigação que aponta Lula como proprietário do apartamento tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, cidade do litoral paulista.
Na semana passada, Lula deveria depor na investigação do promotor Cássio Conserino, mas uma liminar obtida no Conselho Nacional do Ministério Público o livrou da audiência, prevista para quarta-feira, dia 17. Também deveria depor a ex-primeira dama Marisa Letícia.
A liminar foi pedida pelo deputado Paulo Teixeira, que imputou ao promotor "irregularidaes" na condução do inquérito.
Nesta segunda-feira, os advogados de Lula entregaram requerimento ao colegiado em que reafirmam o que alegou o parlamentar petista.
"Lula e sua esposa, Marisa Letícia, foram convocados por Conserino para depor no dia 17 de fevereiro em investigação sobre hipotéticas fraudes na compra de uma cota-parte da cooperativa habitacional Bancoop. A investigação não foi distribuída de maneira apropriada, ferindo a legalidade e o princípio do promotor natural", sustenta a defesa do ex-presidente no documento ao Conselho.
A petição é subscrita pelos escritórios Nilo Batista & Advogados Associados e Teixeira Martins Advogados.
Os defensores sustentam que Conserino "tinha ainda anunciado à revista Veja que iria denunciar o ex-presidente por crime de ocultação de patrimônio antes que Lula e seus advogados fossem notificados ou ouvidos, com as investigações ainda em andamento, mostrando clara parcialidade"..