Brasília - Marqueteiro vitorioso, que trabalhou na reeleição de Lula no momento mais agudo da crise petista na década passada — o escândalo do mensalão, em 2005 —, responsável pela eleição e reeleição de Dilma Rousseff e pelas principais estratégias de comunicação da gestão petista nos últimos, João Santana foi rifado nessa segunda-feira (22) pelo PT. No dia em que ele teve a prisão decretada, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que a legenda “não tinha nada a ver com Santana”. Nessa segunda-feira, ao apresentar aos jornalistas a propaganda partidária que será veiculada nesta terça-feira, Falcão limitou-se a defender o PT. “Não posso falar sobre o João Santana. Posso falar sobre o PT. Todas as nossas doações eleitorais foram legais, feitas por transferência bancária, aprovadas pelo tribunal eleitoral e em valores compatíveis com as recebidas pelos candidatos de oposição”, disse.
A propaganda partidária, que será veiculada na noite desta terça-feira, não tem a assinatura de Santana. Ela foi produzida por Edson Barbosa, que já trabalhou com o PT no passado, mas que, em 2014, foi responsável pela campanha presidencial do PSB de Eduardo Campos. “Não há nenhum problema nisso. As propagandas que passaram no semestre passado também não foram feitas por Santana, e sim, pelo Maurício”, esquivou-se Falcão. O Maurício citado por Falcão é Maurício Carvalho, ex-diretor de arte do próprio Santana e que montou uma produtora própria, a Malagueta Filmes.