O líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), informou nesta terça-feira que deputados de oposição, que participam de uma reunião na liderança do PPS, vão criar um comitê pró-impeachment formado por políticos de vários partidos, inclusive da base governista, e entidades da sociedade.
A ideia é sair às ruas defendendo o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
Avelino informou que a oposição entende que os fatos revelados na operação Acarajé, deflagrada nessa segunda (22) pela Polícia Federal, revelam que “a Lava-Jato chegou ao Palácio do Planalto”. Nesta nova etapa da Lava-Jato, foi expedido um mandado de prisão temporária do publicitário João Santana, que trabalhou nas campanhas eleitorais da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT. Investigadores suspeitam que Santana tenha sido pago com dinheiro de propina relativa a contratos da Petrobras.
Os deputados de oposição pretendem ler ainda nesta terça (23), no plenário, um manifesto sobre as ações que serão tomadas pelo comitê, que terá CNPJ e receberá doações. O objetivo é retomar a ideia do processo de impeachment. Eles acreditam que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve rever a decisão, tomada em dezembro, que invalidou o processo adotado pela Câmara dos Deputados na análise do pedido de impeachment da presidente Dilma.
A oposição também vai apoiar o protesto pró-impeachment convocado para o dia 13 de março pelos movimentos Vem pra Rua e Brasil Livre.
A reunião continua na liderança do PPS. Participam os partidos PPS, Solidariedade, PSB, DEM e PSDB.
Com Agência Câmara.