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Estado de Minas

Aécio endurece discurso para chamar população para manifestações do dia 13


postado em 23/02/2016 19:01 / atualizado em 23/02/2016 19:09

(foto: George Gianni/PSDB)
(foto: George Gianni/PSDB)

Após se reunir com líderes da oposição na Câmara e no Senado na tarde desta terça-feira, 23, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), anunciou uma estratégia mais agressiva de cerco à presidente Dilma Rousseff e convocou a população para as manifestação de 13 de Março. "Ou você vai (para a rua), ou ela (Dilma) fica" é o mote da nova campanha da oposição pelo impeachment da presidente.

"Conclamamos os nossos companheiros em todas as regiões do País para que se façam presentes nesse momento de profundo agravamento da crise política, econômica, social e moral que vem devastando o Brasil", afirmou Aécio. A fala repete a nota oficial divulgada logo em seguida e assinada pelos líderes do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade.

O texto convoca "militantes e simpatizantes" em todos Estados e municípios para "defender o Brasil e a democracia". "Tenho muita confiança de que teremos manifestações muito consistentes e representativas nesse dia", disse Aécio.

A ideia, segundo o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), é, depois do próximo dia 13 de março, fazer eventos por cidades, como foi feito no movimento Diretas Já e no impeachment de Fernando Collor. "Ao invés de uma movimentação nacional, faríamos ações por regiões como São Paulo e Rio de Janeiro. Vamos amadurecer essa ideia, mas é um passo importante para a necessidade de mobilização da população."

A oposição acredita que o processo de impeachment ganhou mais força após o pedido de prisão do publicitário João Santana, responsável pelas últimas três campanhas presidenciais do PT, decretado nesta segunda-feira, 22, na 23ª fase da Operação Lava Jato. Santana e a mulher, Mônica Moura, que também foi presa temporariamente, desembarcaram na manhã de hoje no Brasil e se entregaram à Polícia Federal.

Aécio também anunciou que, de agora em diante, as bancadas de oposição da Câmara e do Senado trabalharão em conjunto "seja na estratégia legislativa ou, obviamente, nas ações políticas". Como já havia anunciado Cunha Lima, os líderes farão reuniões semanais.

"Um compromisso formal de que estaremos semanalmente nos reunindo e traçando uma estratégia cada vez mais articulada e mais vigorosa no sentido de dar ao Brasil o início de um novo tempo", disse Aécio, ao lado dos deputados Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Paulinho da Força (SD-SP) e do presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP).


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