Brasília, 23 - Solto desde a última sexta-feira, dia 19, o senador e ex-líder do governo Delcídio do Amaral (PT-MS) apresentou no final da tarde desta terça-feira, 23, pedido de licença do mandato pelo prazo de 15 dias. Em razão de ser um pedido de "licença saúde", o senador não terá descontado do rendimentos o período de afastamento.
O pedido foi protocolado na Mesa Diretora do Senado e deve ser publicado na próxima sexta-feira no Diário Oficial da Casa, após assinatura do primeiro vice-presidente da Casa, Jorge Viana (PT-AC).
A possibilidade de Delcídio pedir afastamento temporário chegou a ser defendida por integrantes do PT do Senado como forma de evitar possíveis constrangimentos, com o retorno do senador à atividade.
Parlamentares da bancada chegaram a se reunir hoje com Delcídio, ocasião em que o tema também foi tratado. O petista, segundo relatos, informou que primeiramente iria consultar os advogados.
No encontro, o senador, que presidiu a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), até ser preso em novembro do ano passado, sob a acusação de atrapalhar as investigações da Lava Jato, informou que não pretende "brigar" pela sua permanência no comando do colegiado.
Delcídio foi solto na última sexta-feira após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.
Conselho
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), informou que vai colocar nesta quarta-feira, 24, em votação no colegiado a decisão de impugnar ou não o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) da relatoria do processo que tramita na comissão contra Delcídio Amaral, acusado de quebra de decoro parlamentar.
Na semana anterior, os advogados de Delcídio Amaral enviaram ao Senado, junto com sua defesa prévia, um pedido de impugnação de Ataídes Oliveira, alegando que sua atuação deve ser impedida por ele fazer parte de um dos partidos que assinaram a representação contra o senador.