Segundo Rogerio Chequer, líder e porta-voz do movimento, existe um "gap" de representatividade dos políticos brasileiros e a ferramenta é uma forma de tentar aproximar os cidadãos do Congresso.
Segundo Chequer, a apuração sobre o posicionamento dos parlamentares foi feita em mutirão pelos próprios participantes do movimento, durante dois meses. Outros dados, como a evolução patrimonial dos políticos e as empresas que contribuíram para suas campanhas, por exemplo, foram reunidos pela equipe de tecnologia do Vem Pra Rua.
Com o site, o movimento espera expor os deputados e senadores contrários ao afastamento da presidente e incentivar a população a cobrar um posicionamento dos indecisos usando telefone, e-mail e as redes sociais.
"Um dos principais objetivos do MDI é mostrar à população todas as possibilidades de acesso aos deputados federais e senadores que estão em cima do muro em relação ao processo de impeachment", descreve o comunicado do Vem Pra Rua sobre a ferramenta.
A ideia é, no futuro, usar a mesma ferramenta para outras votações importantes. "Através desta plataforma, a sociedade brasileira terá pela primeira vez um instrumento para se manifestar, toda vez que houver uma votação relevante no Congresso Nacional", afirma Chequer. "Os políticos não mais poderão se esconder da opinião pública e isso mudará a forma dos brasileiros exercerem a Democracia", diz o movimento.
O site é lançado no mesmo dia da divulgação da pesquisa CNT/MDA que mostrou uma diminuição do apoio popular à ideia de afastamento de Dilma. De acordo com o levantamento, entre julho de 2015 e fevereiro de 2016, caiu de 62,8% para 55,6% a parcela dos que são favoráveis ao impeachment. Os que são contrários à medida são agora 40,3%, ante 32,1% no meio do ano passado. A pesquisa também mostrou uma diminuição da avaliação negativa do governo e da presidente.
A próxima manifestação de rua pelo afastamento de Dilma está marcada para o dia 13 de março, à tarde, na Avenida Paulista, e contará com o apoio de outros movimentos além do Vem Pra Rua.
O ex-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), que incentivou as pessoas a irem para a rua em situações anteriores, disse que é "bem possível" sua presença no ato desta vez..