Desde cedo, a PF está com seus agentes nas ruas para cumprir 20 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada à delegacia para prestar depoimento e, em seguida, é liberada, e 18 de busca e apreensão, além de duas oitivas autorizadas judicialmente no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.
Os policiais estão realizando ações nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de Pernambuco e São Paulo e no Distrito Federal. A Zelotes investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda.
Um dos alvos desta etapa é o grupo Gerdau, suspeito de ter atuado no Carf para evitar o pagamento de débitos que chegam a R$ 1,5 bilhão.
A empresa siderúrgica investigada tem operações industriais em 14 países e celebrou contratos com escritórios de advocacia e de consultoria, os quais, por meio de seus sócios, "agiram de maneira ilícita, manipulando o andamento, a distribuição e as decisões do Carf, visando a obter provimento de seus recursos e cancelamento da cobrança de tributos em seus processos".
Nota da Gerdau
Em nota, a Gerdau confirmou que a Polícia Federal está, hoje pela manhã, em suas dependências e esclareceu que "não tem mais informações até o momento”, mas que está colaborando integralmente com as investigações.
A empresa ressalta que, “com base em seus preceitos éticos, a Gerdau não concedeu qualquer autorização para que seu nome fosse utilizado em pretensas negociações ilegais, repelindo veementemente qualquer atitude que possa ter ocorrido com esse fim”.
Finaliza a nota, reiterando “que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos e reafirma que está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados”..