Na quarta-feira, 24, foram apresentados três votos separados dos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), Sérgio Vidigal (PDT-ES) e Alexandre Baldy (PSDB-GO). A oposição sugeriu o indiciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; de José Carlos Bumlai, empresário; de Luciano Coutinho, presidente do BNDES; de Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente Lula; e de Benedito de Oliveira, empresário conhecido como "Bené". A justificativa são supostos indícios de crimes de gestão temerária e improbidade administrativa no BNDES.
"Não há elementos para indiciamentos, a não ser notícias da imprensa e documentos recebidos pela CPI. E eu estaria sendo parcial se indiciasse pessoas que não foram ouvidas pela CPI, ouvindo apenas o lado da acusação", explicou Rocha, que não acatou as sugestões da oposição.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), líder do PT na CPI, concordou com a decisão e disse que os pedidos de indiciamento são políticos e não estão embasados em qualquer prova de irregularidade. "Não há indício de que Lula ou diretores do BNDES tenham favorecido empresas ou causado prejuízos ao banco", disse. Para ele, a CPI não conseguiu demonstrar prejuízo decorrente dos financiamentos feitos ao grupo JBS ou à empresa de Bumlai.
Já o vice-presidente da Comissão, Miguel Haddad (PSDB-SP), disse que o governo tenta "defender o indefensável" e "distorcer os argumentos".
Após mais de 200 dias de apuração, a CPI investigou possíveis irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre 2003 e 2015, relacionadas à concessão de empréstimos suspeitos e prejudicais ao interesse público..