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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 26/02/2016 12:00 / atualizado em 26/02/2016 07:39

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Educado com Dilma, malvado com Lula

Como é curiosa, a política brasileira. O ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT) descasca o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A acusação mais light que ele usou contra Lula foi “conivente com o esquema de corrupção na Petrobras”. Por outro lado, ele faz rasgados elogios à presidente Dilma Rousseff (PT), “uma pessoa séria, bem-intencionada e honrada”. Só para lembrar, Cid Gomes foi ministro da Educação no governo Dilma. Tradução simultânea para o politiquês: foi mal-educado com Lula e bastante educado com a presidente.

Enquanto isso, o PMDB prepara as armas para os próximos passos da política brasileira. Uma ala do partido, cada vez mais numerosa, já avalia a possibilidade de apoiar um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). E no programa em cadeia de rádio e televisão de ontem, para ficar de novo com a frase mais light, insistiu na “má gestão” do governo.

Uai, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) não é governo? É, mas foi mandado para escanteio. Nem a articulação política do governo ele conseguiu fazer, tantas foram as cascas de banana jogadas em seu caminho por cabeças coroadas de ministros que trabalham no Palácio do Planalto.

E na Operação Lava-Jato, que investiga se há ligação entre a campanha de Dilma e os repasses feitos por empreiteiras ao especialista em marketing político João Santana. E a mulher de Santana admite que sim, recebeu dinheiro da Odebrecht em contas fora do país. O valor, US$ 3 milhões, para pagar campanhas eleitorais em países como Angola, Panamá e Venezuela. É, pode ser. A desculpa é boa.

E a pergunta que não quer calar. A presidente Dilma Rousseff (PT) vai ao Chile, onde deve ficar amanhã e depois. Será que volta a tempo de participar do encontro do diretório nacional do PT. Ou vai evitar aparecer em fotos ao lado do ex-presidente Lula?

Relator do zika

Depois de ser preterido em várias de suas reivindicações, até mesmo dentro de seu partido, Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), finalmente, conseguiu um cargo de relevância na Câmara dos Deputados. Ele será o relator da comissão mista que analisará a medida provisória, que prevê ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. O presidente será o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) e o deputado Uldurico Junior (PT-CE), o vice-presidente. O relator-revisor será o senador Humberto Costa (PT-PE).

"A Prefeitura de São Paulo desistiu de demolir o Viaduto Santo Amaro, que é minha obra dos anos 70. Além de ser uma obra boa, pois resistiu à explosão, deixaria a região um caos sem ela. Obra minha não cai nem com explosão"
Do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), comemorando a desistência de se demolir o Viaduto Santo Amaro e reabri-lo parcialmente para o tráfego de ônibus.

Armado em plenário
O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) foi questionado pelo colega Rogério Correia (PT) por andar armado dentro do plenário da Assembleia Legislativa. O artigo 90 do Regimento Interno da Casa é claro: “É proibido o porte de arma em recinto da Assembleia Legislativa”. Mesmo assim, o deputado tem o hábito de portar arma no tornozelo esquerdo. Todos comentavam há tempos, mas ninguém tinha coragem de verbalizar. Ontem, a denúncia foi feita em plenário por outro parlamentar, se referindo não só a ele mas a um assessor do pedetista Wander Aparecido da Silva, do quadro de recrutamento amplo.

Confirmado
Sargento Rodrigues não negou que anda armado. Já o assessor confirmou em alto e bom, na antessala, que usa arma e tentou justificar dizendo que é policial militar e tem a autorização. E mais. Disse que outros deputados também têm guarda-costas armados. Requerimento protocolado pede explicações à Mesa Diretora sobre o uso de porte de armas não só por assessores mas pelos deputados. Por enquanto só se tem notícia de um parlamentar. O caso foi parar no Conselho de Ética. Do jeito que os ânimos estão exaltados, talvez seja o caso de permitir o uso de colete a prova de balas.

É para comemorar?

O governo federal faz a maior festa com o superávit primário de R$ 14,835 bilhões em janeiro, juntando Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social. Tudo bem que, desde abril do ano passado, isso não acontecia. E comemora ainda ter economizado dinheiro para fazer o pagamento de juros da dívida pública. O que não se fala, pelo menos não claramente, é que houve queda na receita, porque o país está parando e a atividade econômica sofre grave crise. Tradução: o governo não investiu.

PINGAFOGO

Que mico o do relator José Rocha (PR-BA), da Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) do BNDES na Câmara dos Deputados. Ele entregou o relatório final, que foi aprovado, sem indiciar ninguém. Eu disse ninguém.

A oposição queria incluir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre outros políticos, como indiciados, mas ficou a ver navio. Melhor dizendo, ficou furiosa, mas de nada adiantou. Se servir de consolo, o choro é livre.

Subscrita por um terço dos deputados e relatada pelo deputado Fábio Cherem (PSD) está pronta para ir a votação em plenário a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que garante a presença de pelo menos uma mulher na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentado fez operação em Couto de Magalhães de Minas, Serro, Datas, Diamantina e Gouveia e apreendeu 119 aves em situação irregular. Como Diamantina foi alvo, a operação foi batizada de Chica da Silva.

Ihhhhh! Agora quem se enrolou foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A Procuradoria Regional da República acionou o Supremo Tribunal Federal para investigar desvio de verba pública. Quanto? R$ 5,7 milhões. Por enquanto.

É, já deu para perder a conta de quanto o Brasil perde com a corrupção e desvios de verba em todas as esferas do poder público.

 


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