Quase duas semanas depois de anunciar as linhas básicas da proposta de reforma da Previdência e dizer que buscaria o máximo consenso com trabalhadores e empregados para concluir uma proposta até o final de abril, o governo realiza nesta terça-feira, dia 1º, com representantes das empresas e dos sindicatos, uma reunião prévia para firmar um cronograma de debate e o procedimento para debater a reforma.
"Eles (o governo) abriram para discutir a reforma com centrais e sindicatos patronais", disse o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese. Ele, por exemplo, propõe que a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) seja recriada em caráter permanente para financiar a Previdência. A arrecadação bancária, inclusive, a desoneração da folha salarial para todos os setores da economia.
O governo não apresentou uma proposta fechada para a reforma, mas listou sete pontos que, a seu ver, deveriam ser tocados para reequilibrar o sistema. São eles: demografia e idade média das aposentadorias, financiamento da Previdência Social, diferença de regras entre homens e mulheres, pensões por morte, previdência rural, regimes próprios de previdência e convergência dos sistemas previdenciários.