Na semana passada, o juiz federal Sérgio Moro decretou o confisco de R$ 100 milhões (R$ 25 milhões de cada um) na Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato.
O rastreamento do Banco Central pegou R$ 28.755.087,49 em contas de Monica Moura, R$ 2.756.426,95 de João Santana e R$ 407.305,17 da Polis Propaganda. Na conta da Santana & Associados Marketing e Propaganda, o radar do Banco Central não encontrou valores.
Moro também havia ordenado o bloqueio de mais R$ 75 milhões de outros três alvos da Operação Acarajé: R$ 25 milhões do executivo Fernando Miggliacio, ligado à empreiteira Odebrecht, R$ 25 milhões da Eagle do Brasil Ltda e R$ 25 milhões do engenheiro Zwi Skornicki.
Na conta da Eagle do Brasil foram confiscados R$ 534.936,57. De Fernando Migliaccio, R$ 1.984.879,54 e na de Zwi Skornicki, R$ 4.400.119,76.
Quando decretou o confisco, o juiz da Lava Jato considerou "os valores milionários" dos supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas atribuídos a João Santana e aos outros investigados.
"Viável o decreto do bloqueio dos ativos financeiros dos investigados em relação aos quais há prova de pagamento ou recebimento de propina", assinalou. "Não importa se tais valores, nas contas bancárias, foram misturados com valores de procedência lícita. O sequestro e confisco podem atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos.".