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Estado de Minas

PMDB supera PT na Assembleia

Aproveitando a janela da infidelidade, partido do vice-governador de Minas, Antônio Andrade, abre as portas para a entrada de três deputados e passa a ser a maior legenda no Legislativo


postado em 01/03/2016 06:00 / atualizado em 01/03/2016 07:20

PMDB fez festa ontem para receber a filiação de deputados. Dos três novos integrantes, dois são potenciais candidatos a prefeito (foto: Euler JR./EM/D.A Press)
PMDB fez festa ontem para receber a filiação de deputados. Dos três novos integrantes, dois são potenciais candidatos a prefeito (foto: Euler JR./EM/D.A Press)

Aberta a temporada oficial da infidelidade partidária, os deputados estaduais Thiago Cota (ex-PPS e ex-PMB), Isauro Calais (ex-PMN) e Douglas Melo (ex-PSC) filiaram-se nessa segunda-feira (29) ao PMDB, desencadeando uma sucessão de articulações e negociações entre partidos políticos e parlamentares interessados em migrar sem o risco de perda do mandato. Para o PMDB eram 10 deputados estaduais interessados em migrar. Mas a bancada, antes de 10 parlamentares, reunida, decidiu estabelecer um filtro para evitar disputas territoriais. Dos três aceitos, dois são potenciais candidatos a prefeito: Thiago Cota, em Mariana, e Douglas Melo, em Sete Lagoas. “O critério para a filiação foi o deputado ser de uma região no estado onde o PMDB está descoberto, sem nenhum majoritário amplamente representado”, afirmou nessa segunda-feira (29) o vice-governador Antônio Andrade, presidente estadual do PMDB.

O PMDB salta agora de uma bancada de 10 para 13 parlamentares, tornando-se a maior da Casa. Já o PT, com 10 deputados, a segunda em tamanho, deverá perder um: Elismar Prado estuda se irá se filiar ao PSB ou ao Partido da Mulher Brasileira (PMB). O recém-criado PMB para onde Elismar poderá partir tornou-se uma espécie de “casa de passagem”. Tanto em Minas quanto na bancada federal, muitos parlamentares anteciparam-se à promulgação da Emenda Constitucional 91, em 18 de fevereiro, que abriu 30 dias de prazo para que políticos detentores de mandatos eletivos proporcionais (deputados e vereadores) mudem de partido sem a perda do cargo. Enquanto na Assembleia Thiago Cota já deixou o barco da mulher, o deputado Lafayette Andrada, ex-tucano ainda remanescente no PMB, estuda o próximo destino, possivelmente para o PSD.

Com uma bancada de quatro deputados, o PSD poderá receber, além de Lafayette Andrada, ainda as filiações de João Vítor Xavier, que está no PSDB e do Missionário Márcio Santiago, eleito pelo PTB e interessado em migrar ou para o PSD ou para o PV. Já os verdes, que contam com quatro deputados estaduais, também poderão receber em suas hostes Neilando Pimenta, hoje no PP de oposição, Glaycon Franco, que está no PTN, e Fábio Avelar, do PTdoB. Só que Avelar também estuda o caminho do PR, para onde organizam a mudança os deputados estaduais Nozinho, do PDT, e Emidinho Madeira, eleito pelo PTdoB. Além de Elismar Prado que deve rumar para o PMB mas considera o PSB, a bancada socialista de três deputados poderá receber o deputado Roberto Andrade, do PTN.

Entre os deputados que apoiam o governo de Fernando Pimentel (PT) na Assembleia Legislativa estão preparando a mudança, mas ainda sem destino certo, os deputados Leandro Genaro (PSB), Dalmo Ribeiro (PSDB) e Rosângela Reis, do PROS. No campo da oposição, preparam-se para migrar mas mantendo-se em legendas de oposição, os deputados Felipe Atiê atualmente no PP para o PTB e o deputado Antônio Jorge, do PPS, para o PSDB.

Sucessão

O crescimento e fortalecimento da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa terá repercussões sobre a sucessão do presidente peemedebista Adalclever Lopes. Quando eleito no ano passado para um mandato de dois anos, PMDB e PT selaram acordo para um rodízio na presidência da Casa a cada dois anos. Embora declare não ter interesse em se reeleger para o cargo, Adalclever Lopes ganha espaço político no governo Pimentel e neste momento tem à mão todas as fichas para se manter por quatro anos na Presidência da Casa.

PBH tem déficit

A Prefeitura de Belo Horizonte fechou 2015 com déficit de R$ 113 milhões, conforme prestação de contas apresentada nessa segunda-feira (29) à Câmara Municipal. O Executivo registrou receita pouco acima de R$ 9 bilhões, R$ 2,7 bilhões a menos do que a estimada pela Lei do Orçamento Anual (LOA). As perdas foram geradas pelo aumento da inflação e para tentar equilibrar as contas, a PBH cortou 600 cargos, com previsão de economia de R$ 60 a 70 milhões. Segundo a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Informação de Belo Hoizonte, reajuste previsto para os servidores municipais foi de 2,5% em relação a 2015. E a previsão é que mais 2,5% de aumento sejam pagos no fim do ano. A maior parte gasta em 2015, segundo a prestação de contas, foi aplicada em saúde (R$ 3 bilhões), educação (R$ 1,6 bilhão) e previdência social (R$ 760 milhões). Para este ano, a prefeitura estima receita total da administração direta e indireta de pouco mais de R$ 12 bilhões.

 

 

 

 


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