Oposição adota termo 'pós-Dilma' para reforçar campanha pelo impeachment

"A presença dos brasileiros nas ruas pode abreviar o sofrimento de tantos com desemprego, alto endividamento, inflação sem controle e, principalmente, com a falta de esperança", argumentou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves

Senadores de oposição passaram a usar o termo "pós-Dilma" em seus discursos de apoio às manifestações favoráveis ao impeachment.
Na manhã desta terça-feira, líderes da oposição se reuniram para acompanhar a filiação do senador Ricardo Ferraço (ES) ao PSDB e, em seguida, receberam lideranças de movimentos sociais que apoiam o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Desde a semana passada, com a prisão de João Santana, marqueteiro das campanhas de Lula e Dilma, no âmbito das investigações da operação Lava-Jato, a oposição resolveu voltar atrás e reforçar a tese do impeachment da presidente. Desde então, senadores e deputados de oposição convocam a população para ir às ruas em 13 de março, manifestações que devem ser o termômetro da opinião pública no processo de impeachment.

"A presença dos brasileiros nas ruas pode abreviar o sofrimento de tantos com desemprego, alto endividamento, inflação sem controle e, principalmente, com a falta de esperança", argumentou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

O tucano avalia que, movida pela indignação, a população deve encher as ruas durante os manifestos e afirmou que os partidos de oposição estarão presentes. "Estamos nos incorporando a esse movimento, que é organizado por setores da sociedade. Nós não vamos nos omitir. O PSDB e demais partidos de oposição estarão convocando os brasileiros para que possam ir às ruas no próximo dia 13 de março e dar um basta definitivo a isso.".