O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) acatou nesta terça-feira o pedido do Ministério Público Federal (MPF) pela manutenção da prisão preventiva do ex-diretor internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada. No processo, ele é acusado de integrar um esquema de corrupção envolvendo pagamentos de propina do grupo holandês SBM Offshore a executivos da estatal.
Segundo a procuradora regional da República Silvana Batini, que representou o MPF no julgamento, o risco de fuga do réu cresce à medida que a chance de punição aumenta.
Os argumentos da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2) foram aceitos pelo desembargador federal André Fontes, relator do habeas corpus, que citou os casos de fuga de Salvatore Cacciola e Henrique Pizzolato, além do plano de fuga que o senador Delcídio do Amaral teria oferecido a Nestor Cerveró (antecessor de Zelada na diretoria internacional da Petrobras).
Já o desembargador Messod Azulay avaliou que "o envolvimento de Zelada em um esquema de 'consequências nefastas', como a grave crise na rede de saúde do Estado do Rio, demonstra que ele oferece alta periculosidade, justificando sua prisão", informou a Procuradoria, em nota.