O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, negou o pedido feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de adiar o julgamento da denúncia contra o parlamentar no âmbito da Operação Lava-Jato, marcado para esta quarta-feira. Caso o Supremo acate a denúncia, Cunha passará de investigado a réu.
"Indefiro o pedido de adiamento da sessão de julgamento", diz a decisão de Teori publicada nesta terça-feira.
A defesa do presidente da Câmara havia argumentado que o adiamento era necessário porque dois agravos regimentais ainda não haviam sido analisados por Teori, que é o relator do processo.
Em seu despacho, o ministro do Supremo disse que esses despachos poderão ser examinados na sessão desta quarta-feira, juntamente com o julgamento da denúncia. Para a defesa de Cunha, essa decisão poderá tumultuar a tramitação do processo.
A denúncia contra o presidente da Câmara foi oferecida em agosto do ano passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O procurador-geral, Rodrigo Janot, acusa Cunha de receber US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios sondas da Petrobras..