São Paulo - No dia em que a Polícia Federal deflagrou a 24ª fase da Operação Lava-Jato, cujo principal alvo é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff saiu para pedalar às 6 da manhã, com faz habitualmente. Retornou ao Palácio da Alvorada pouco antes das 7 horas da manhã.
Essa decisão da Polícia Federal, embora já viesse sendo desenhado há muitos dias, de certa forma surpreendeu o núcleo político do governo pelo fato de incluir a coerção de Lula para depoimento de esclarecimentos.
Com certeza, o fato vai tomar conta de todas as discussões políticas do governo e, de acordo, com um assessor palaciano é mais um ingrediente para elevar ainda mais a temperatura política, que já estava em alto grau ontem com a notícia da delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
O Planalto terminou o dia de ontem com a avaliação de que o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, tinha feita uma defesa enfática e bem-sucedida do governo no caso de Delcídio, mas reconheciam os estragos provocados contra o governo.
O governo sabe que todos esses elementos podem contribuir para reacender o debate do impeachment e a manifestação popular marcada para o dia 13 de março está sendo vista como um momento decisivo para delinear o rumo desse processo.