Instituto Lula: Lava Jato desrespeita o Supremo e compromete sua credibilidade

São Paulo e Brasília, 04 - Na avaliação do Instituto Lula, a Operação Lava Jato "desrespeita o Supremo e compromete sua credibilidade".
Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira, 4, a assessoria de imprensa do instituto do petista diz que "a violência praticada hoje (04) contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, a ex-deputada Clara Ant e outros cidadãos ligados ao ex-presidente, é uma agressão ao estado de direito que atinge toda a sociedade brasileira. A ação da chamada Força Tarefa da Lava Jato é arbitrária, ilegal, e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal."

A nota reitera que Lula jamais ocultou patrimônio ou recebeu vantagem indevida, antes, durante ou depois de governar o País. "Jamais se envolveu direta ou indiretamente em qualquer ilegalidade, sejam as investigadas no âmbito da Lava Jato, sejam quaisquer outras." e que "a violência praticada nesta manhã - injusta, injustificável, arbitrária e ilegal - será repudiada por todos os democratas, por todos os que têm fé nas instituições e do estado de direito, no Brasil e ao redor do mundo".

O instituto complementa dizendo que a ação "é uma violência contra a cidadania e contra o povo brasileiro, que reconhece em Lula o líder que uniu o Brasil e promoveu a maior ascensão social de nossa história."

Vargas

Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação do governo Dilma Rousseff, também saiu em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por meio de sua página no Facebook, o ex-ministro comparou o "o cerco a Lula" à prisão do chefe da guarda pessoal do ex-presidente Getúlio Vargas, Gregório Fortunato, que foi detido pela suspeita de ter comandado um atentado contra Carlos Lacerda.

Segundo Janine, "um apartamento de classe média no Guarujá, um sítio decorado com hábitos modestos vão cercando o ex-presidente. Que ele poderia e deveria depor, OK, mas condução coercitiva, nunca".

O ex-ministro disse ainda que a Polícia Federal deveria negociar seu depoimento, "com absoluto respeito ao cargo que ocupou". Para ele, ao desrespeitá-lo, estão sendo desrespeitados os brasileiros que o conduziram à presidência e também os que o apoiam.

"O que é visível é que as cartas estão lançadas, para a deposição de Dilma e o descarte de Lula como candidato, seja em 2016 ou em 2018", finalizou..