O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), disse nesta manhã desta sexta-feira, 4, que a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi desnecessária, ilegal e política. Na avaliação do petista, existe uma ação politicamente coordenada com a oposição porque a tese do impeachment da presidente Dilma Rousseff teria perdido força.
Florence afirmou que a operação da Polícia Federal nesta manhã visa atacar, além do ex-presidente Lula, o PT e as conquistas do governo. "É mais uma evidência da concatenação entre a natureza política e a ação ilegal da Lava Jato com a articulação golpista contra as conquistas do povo brasileiro, contra o PT e contra a imagem do ex-presidente Lula", declarou nesta manhã.
O líder considera que Lula já deu todas as explicações sobre o sítio de Atibaia e o apartamento no Guarujá, inclusive com documentos, e reclamou que agora se busca "pistas malogradas". Ele lembrou que a operação ocorre após a divulgação da delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS). "Agora tirou o manto de possível imparcialidade. É uma operação política coordenada pela Operação Lava Jato", concluiu.
Para Florence, setores da PF estão atuando politicamente e agora cabe aos pobres e ao PT defenderem Lula, "que está sendo atacado em sua integridade moral". O deputado defendeu que as ações policiais injustificadas sejam "estancadas agora". "A democracia vai vencer e vamos restituir a verdade. A Lava Jato é ilegal", insistiu.
Florence segue nesta manhã para São Paulo, onde haverá reunião do Diretório Nacional do PT para discutir as providências a serem tomadas. Aos militantes que entraram em confronto hoje, o deputado pediu "serenidade".
O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores estava reunido por volta das 10h para decidir as próximas medidas a serem tomadas após a condução coercitiva de Lula. O presidente do PT, Rui Falcão, possivelmente falará com a imprensa ainda nesta manhã.