Centenas de apoiadores do ex-presidente Lula se manifestam na tarde desta sexta-feira em frente à Assembleia Legislativa de Minas, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Com faixas e cartazes, com dizerem como "o Lula é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo” os manifestantes pretendem fazer uma vígila no local. A ideia é juntar forças em apoio ao ex-presidente. “"Não vamos abaixar a cabeça. Não vamos deixar acontecer um golpe de estado", afirma Beatriz Cerqueira, da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O grupo também organiza manifestações no interior e na internet, usando as hashtags “#LULAestamosCOMvocê”, “#Nãovaitergolpe”, “#EmDefesadaDemocracia”.
Políticos também estão presentes. "O que fizeram com o presidente Lula foi uma articulação das elites com o poder judiciário. O que o Lula fez, ninguém fez... Pela inclusão, por um país para todos", afirmou a deputada estadual Marília Campos (PT).
Mais cedo, manifestantes pró e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entraram em confronto em frente ao prédio onde mora o ex-presidente, em São Bernardo do Campo, no interior paulista. A confusão começou no início da manhã desta sexta-feira e foi preciso intevenção da Polícia Militar para conter a violência. Cerca de 200 manifestantes estão próximos da casa de Lula.
Lula em Minas
Durante o ato, os manifestantes passaram chapéu para arrecadar dinheiro para pagar a passagem de Lula para que ele venha a Minas Gerais. De acordo com Marcelino da Rocha, presidente do CTB em Minas, a deputada Jô Moraes informou que conversou com o ex-presidente Lula e ele disse querer começar as caravanas por Minas Gerais. "É com esse dinheiro que ele vem à Minas Gerais", afirma Beatriz Cerqueira. "O que está aqui é uma luta contra o golpe, uma luta contra movimentos fascistas e tudo que está em curso no Brasil ", diz. Segundo ela, a tristeza se transformou em mobilização.
Fala do ex-presidente
Em pronunciamento, após prestar esclarecimentos à Polícia Federal, o ex-presidente Lula criticou a postura do juiz Sérgio Moro, que comanda as ações da Operação Lava-Jato, em Curitiba. Lula se disse ofendido e afirmou que nunca se negou a prestar esclarecimentos.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira a 24ª fase da Operação Lava-Jato, apelidada de Aletheia, com mandados de busca e condução coercitiva em Atibaia, Guarujá e São Bernardo do Campo (SP), nos endereços do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu filho, Fabio Luiz Lula da Silva. Lula mora em São Bernardo, onde a PF cumpriu cinco mandados de busca e dois de condução coercitiva, quando o investigado é levado a prestar depoimento de maneira forçada. .