Segundo Fortunati, a presidente lembrou que Lula "nunca se negou a depor, sempre usou os mecanismos legais, sempre foi ao Poder Judiciário e, obviamente, ela entende que houve um exagero nessa condução forçada do presidente Lula". Ele disse ainda que a presidente fez questão de mostrar "sua insatisfação com essa situação". Dilma Rousseff considerou "exagerada e desnecessária" a medida.
Dilma lamentou muito o que ocorreu, mas disse que não poderia interferir numa decisão da Polícia Federal. "Antes de entrar no tema da reunião, que era a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), ela falou sobre esse assunto. Disse que Lula nunca se negou a prestar depoimento e, por isso, não precisava aquela ação toda. Afirmou, porém, que respeitava as instituições", contou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB).
Na reunião, a presidente Dilma não citou a delação do senador Delcídio Amaral, mas fez questão de fazer esclarecimentos aos prefeitos em relação a acusações feitas em relação a ela, de que teria tentado interferir na Operação Lava Jato.
O prefeito de Pará de Minas (MG), Antonio Júlio de Farias (PMDB), que também participou do encontro, disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que a presidente Dilma também associou a divulgação antecipada da revista IstoÉ, com o a suposta delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS), com a deflagração dessa nova fase da Operação Lava Jato.
A reunião originalmente foi marcada para a presidente Dilma defender junto aos prefeitos a necessidade de aprovação da CPMF.