A denúncia sustenta que, apenas entre 5 de agosto de 2014 e 2 de fevereiro de 2015, a fatura do Corner Card, vinculado às contas na Suíça, apresentaram um gasto de US$ 156.275, 49, o equivalente a R$ 626.664,71.
Os gastos extravagantes, porém, começaram bem antes. Um dos exemplos apontados pela PGR é uma viagem de fim de ano que Cunha fez em 2012. Em apenas nove dias em Miami, o deputado gastou US$ 42.258, 00 - equivalente a cerca de R$ 169.545,58 - em restaurantes, lojas de grife e hospedagem. A PGR destaca que, na época, Cunha declarou que ganhava um salário de R$ 17.794,76 por mês.
A lista de gastos em estabelecimentos de moda chama atenção: US$ 3.803,85 na Salvatore Ferragamo (sapatos), US$ 3.531,13 na Ermenegildo Zegna (roupa masculina), US$ 2.327,25 na Saks Fifth Avenue (loja multimarca) e US$ 1.595,30 na Giorgio Armani (moda feminina e masculina).
A peça também mostra que o peemedebista tem preferência por se hospedar em hotéis de luxo pelo mundo. Em Dubai, ele e a mulher escolherem o famoso Burj Al Arab, considerado um dos únicos hotéis sete estrelas do mundo. O total pago, em abril de 2014, foi US$ 5.927,23.
Outra conta salgada é de uma viagem que o parlamentar fez a Paris, em fevereiro de 2015, depois de assumir a presidência da Câmara. Lá ele gastou US$ 15.880,26 para se hospedar no hotel Plaza Athenée.
A procuradoria também faz uma relação dos gastos da mulher Cláudia e destaca que ela se declara como "dona de casa" nos documentos das contas na Suíça.