São Bernardo do Campo - A presidente da República, Dilma Rousseff, chegou no início da tarde deste sábado ao prédio onde mora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para visitá-lo, após o petista ter sido conduzido coercitivamente, na sexta-feira, 4, a prestar depoimento, na 24ª fase da Operação Lava-Jato. Ao chegar ao local, Dilma abaixou o vidro do carro e acenou para os simpatizantes que fazem vigília, desde 9 horas do sábado, em frente à residência do ex-presidente.
O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, também integra a comitiva da presidente que está, neste momento, no apartamento de Lula.
Nessa sexta-feira (4), a presidente telefonou para Lula e disse estar solidária com o ex-presidente, que foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento na Polícia Federal no âmbito da 24ª fase da Operação Lava-Jato. Em nota divulgada, Dilma disse estar inconformada com a condução coercitiva do ex-presidente.
“Manifesto meu integral inconformismo com o fato de um ex-presidente da República que, por várias vezes, compareceu voluntariamente para prestar esclarecimentos perante as autoridades competentes, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar um depoimento”, diz a nota. Mais tarde, a presidente fez um pronunciamento em que reafirmou o teor da nota.
Dilma fez uma série de reuniões para alinhar seu posicionamento e resposta em relação à condução coercitiva de seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva. Fora da agenda comandou no Palácio do Planalto uma série de reuniões com ministros, até soltar uma nota de apoio e fazer um pronunciamento em defesa de Lula, afirmando estar "indignada" com a ação da polícia federal.
Após a visita a Lula, Dilma segue para Porto Alegre, onde passará o fim de semana com a família. Na segunda-feira, ela tem uma agenda pela manhã na cidade gaúcha de Caxias do Sul.
Com agências