Na avaliação do PT, é possível usar a comoção em torno de Lula após a Operação Aletheia para disputar o espaço das ruas com mais força e, dessa forma, se contrapor a uma nova onda de protestos pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff, marcados para o próximo domingo.
Após a operação de sexta, os movimentos sociais começaram uma convocação pró-Lula já para terça-feira, Dia Internacional da Mulher.
Os petistas acham que ficou mais fácil mobilizar a militância com o mote de que Lula teria sido “vítima de abuso” da Lava Jato. O ato realizado na quadra do Sindicato dos Bancários, na noite de sexta-feira em São Paulo, é um exemplo. Segundo organizadores, no ano passado a Central Única dos Trabalhadores (CUT) trabalhou duas semanas para tentar encher o local para um discurso de Lula e conseguiu só meia lotação.
O ex-presidente não gostou. Ontem (4), faltou espaço para o público solidário a Lula. “O que aconteceu hoje era o que precisava acontecer para o PT levantar a cabeça”, disse o próprio Lula..