No sábado, 5, a porta da garagem do Instituto Lula, na zona sul da capital paulista, também amanheceu pichada com frases contra Lula. Nelas, lia-se "Luladrão", "basta de corrupção" e "sua hora chegou corrupto". Durante a tarde do mesmo dia, o grafiteiro Tody One cobriu as mensagens com um desenho, nas quais se destacavam os dizeres "Luta de 'Povo'", "Força Luta Negro Luta", "Xenofobia não passará. Somos Nordeste. Somos fortes... Somos Luta!".
As pichações ocorreram após a condução coercitiva do ex-presidente - quando o investigado é levado para depor e liberado - na sexta-feira, 4, durante a Operação Aletheia, ápice da Lava Jato. O Instituto Lula foi um dos locais vasculhados pela PF.
Em coletiva após o depoimento, o petista disse ter se sentido ultrajado com a operação. "Eu me senti ultrajado, como se fosse prisioneiro, apesar do tratamento cortês do delegado da Polícia Federal", disse. No final da coletiva, Lula mandou um recado. "Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo. A jararaca tá viva, como sempre esteve."
Na noite de sexta-feira, 4, centenas de pessoas protestaram na Avenida Paulista contra o ex-presidente. E, na manhã de sábado, 5, dezenas de apoiadores se reuniram em frente ao prédio onde ele mora em São Bernardo do Campo, São Paulo. Vestidos de vermelho e empunhando faixas e cartazes em defesa da democracia e em apoio ao petista, os manifestantes permaneceram no local para receber a presidente Dilma Rousseff, que visitou o ex-presidente..