Segundo o delegado Flores, em um primeiro momento, Lula chegou a dizer que só sairia de casa para depor algemado. E que, se quisessem, “teriam de colher o depoimento ali”. O policial informou que isso não seria possível por questões de segurança e que, se Lula não aceitasse acompanhá-lo, teria de cumprir o mandado de condução. “Logo depois de ouvir as orientações do referido advogado, o ex-presidente disse que trocaria de roupa e que nos acompanharia para prestar as declarações”, relatou.
Os advogados de Lula, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, por sua vez, divulgaram nota acusando a força-tarefa de ilegalidades. No sábado, os procuradores disseram que a operação já fizera 116 conduções coercitivas e que apenas no caso do ex-presidente houve queixas. “O fato de a Operação Lava-Jato já ter emitido 117 mandados de condução coercitiva não tem o condão de legitimar a ilegalidade agora praticada contra o ex-presidente Lula, mas, ao contrário, serve de alerta para tantas outras arbitrariedades que poderão já ter sido praticadas nessa operação”, disseram os defensores do ex-presidente.
Eles também rebateram a alegação dos procuradores de que há uma tentativa de se criar uma cortina de fumaça ao levantar o debate.