Dinis Pinheiro (PP), ex-presidente da Assembleia Legislativa: "O que estamos buscando está sendo formatado. A palavra-chave é unidade e uma candidatura natural, identificada com BH, comprometida com o bem público, que tenha lisura e honestidade na política" - - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Ainda sem consenso entre tucanos e socialistas para uma candidatura única à Prefeitura de Belo Horizonte, 10 partidos e seis pré-candidatos voltaram a se reunir nessa segunda-feira (7) na casa do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Dinis Pinheiro (PP), desta vez com a participação do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, e do senador Antonio Anastasia. Trabalhando pela tese da polarização com o grupo político de Fernando Pimentel (PT) e Antônio Andrade (PMDB), que também reúne em seu núcleo o PCdoB, Aécio Neves considerou que uma grande aliança poderá ser formatada, desde que não haja o que chamou “imposições” entre as partes. “Vamos encontrar através de conversas, sem imposições das partes, pois não haverá de minha parte e certamente não haverá do prefeito Marcio Lacerda, que reconhecemos ser ator importante nesse jogo”, disse Aécio.

Marcio Lacerda trabalha por uma candidatura com um perfil mais técnico. Realiza pesquisas qualitativas para avaliar os nomes dos executivos Paulo Brant (Cenibra), Wilson Brumer (cônsul do Japão) e Josué Valadão, secretário municipal de Obras e Infraestrutura, que, acredita, não sofreriam neste momento o desgaste que enfrentam os atores que estão arena pública. Mas os partidos de sustentação do governo Lacerda desejam um nome que chamam do “meio político”. Seis pré-candidatos estão colocados: o ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP), o vice-prefeito Délio Malheiros (PV), o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), os deputados estaduais João Leite (PSDB), João Vítor Xavier (PSDB) e Gustavo Corrêa (DEM). “O que estamos buscando está sendo formatado. A palavra-chave é unidade e uma candidatura natural, identificada com BH, comprometida com o bem público, que tenha lisura e honestidade na política”, declarou nessa segunda-feira (7) Dinis Pinheiro.

Para Aécio, a sucessão de Marcio Lacerda terá contorno nacional.

“Ninguém desconhece que Belo Horizonte será observada pelo Brasil e este resultado sinalizará uma reorganização política no estado”, afirmou Aécio. Foi em Minas Gerais onde Aécio Neves deixou de arrebanhar os votos que precisava para derrotar Dilma Rousseff (PT) nas urnas em 2014, quando também perdeu o governo do estado para Fernando Pimentel (PT). “Nosso grupo estará junto agora e em 2018”, considerou, avaliando que além da estratégia da aliança única, também está posta à mesa a possibilidade de mais de uma candidatura em seu campo político.

Foi a terceira reunião entre aliados de Marcio Lacerda, a segunda na casa de Dinis Pinheiro. Na sexta-feira passada, os representantes dos partidos se encontraram com o prefeito. “Esse é um falso dilema entre um candidato técnico ou político. São funções complementares importantes para o sucesso da gestão pública. Mas nosso entendimento é de que se trata de um processo eleitoral, político, com regência política, e portanto os políticos têm de ter participação efetiva”, afirmou Alberto Pinto Coelho.

 

Kalil

O ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil entrou para o time dos pré-candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte. Embora não tenha admitido a participação na disputa durante o ato, ele se filiou nessa segunda-feira (7) ao PHS e é apontado na legenda como o nome que irá concorrer à sucessão do prefeito Marcio Lacerda. Outros dois que se filiam para tentar uma vaga na PBH são o deputado federal Laudívio Carvalho, que deixa o PMDB e vai para o SD, e o vereador Marcelo Álvaro Antônio, que vai do PMB para o PR.

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