Também foram sentenciados com a mesma pena e pelos mesmos crimes, no processo, os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, ex-diretores da Odebrecht.
Os ex-funcionários da Petrobras Renato Duque, Pedro José Barusco Filho, Paulo Roberto Costa também foram condenados na mesma ação penal. O doleiro Alberto Youssef também foi considerado culpado e senteciado pelo juiz Sérgio Moro. No entanto, como eles têm outras condenações, Moro não aplicou as penas devido ao acordo de delação premiada, que prevê, no máximo, 30 anos de prisão.
Segundo Moro, ao justificar a condenação de Odebrecht, "a prática do crime corrupção envolveu o pagamento de R$ 108.809.565,00 e US$ 35 milhões aos agentes da Petrobras, um valor muito expressivo". O magistrado afirmou que "um único crime de corrupção envolveu pagamento de cerca de R$ 46.757.500,00 em propinas".
A sentença de Moro foi baseada em denúncia do Ministério Público Federal, que acusa o Odebrecht de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro no esquema de desvios da Petrobras. Na denúncia à Justiça, os procuradores acusam Odebrecht e outros executivos do grupo pelo desvio de R$ 381 milhões da Petrobras.
No dia 1º passado, advogados de Marcelo Odebrecht entregou defesa do empreiteiro, em 342 páginas. Eles argumentaram que a acusação tenta "encher com nada o oco", ao utilizar a teoria do domínio do fato contra o empreiteiro. "Por absoluta falta de base probatória para tanto, procura agora encher com nada o oco da acusação, fazendo uma utilização de todo equivocada da teoria do domínio do fato, quando não se baseia em inaceitáveis conjecturas e presunções para tentar sustentar uma denúncia absurda e insubsistente.".