"Não é papel do presidente do Congresso Nacional botar fogo na crise. O papel do presidente do Congresso Nacional é mais do que nunca trabalhar pela serenidade, pelo bom senso, pelo equilíbrio. Nós tivemos aqui no Senado Federal em 64 um presidente do Senado que passou do limite do equilíbrio e fraturou a democracia. Portanto, não cabe a mim botar fogo na crise", disse.
Em sua resposta, Renan referiu-se ao então presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, que na passagem de 1º para 2 de abril de 1964 realizou sessão do Congresso em que se declarou vaga a presidência da República em razão de uma viagem do então presidente João Goulart. A medida abriu espaço para a instalação da ditadura militar. Em novembro de 2013, o Congresso aprovou projeto de resolução que anulou aquela sessão do Congresso. À época, Renan, já presidente do Senado, chamou a sessão de 1964 de "fatídica".
Questionado sobre a posição do partido em relação ao governo, o presidente do Senado não respondeu diretamente.
Renan afirmou que a sociedade brasileira está sendo "bombardeada" por informações e boatos e disse-me-disse. Ele destacou que cabe ao presidente do Congresso "mais do que nunca" preservar o equilíbrio e, citando o vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer, a harmonia entre os Poderes. Recentemente, Renan e Temer - após trocarem acusações públicas no fim do ano passado a respeito da condução do PMDB - se reaproximaram politicamente..