Curitiba - O presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Federal no Paraná, Algacir Mikalovski, disse ao Correio na manhã desta terça-feira (8/3) que a PF no estado recrutou “dezenas” de homens em esquema de revezamento para proteger o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro. Segundo ele, o motivo são “ameaças” que “se intensificaram” após a 24ª fase da Operação Lava-Jato, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi conduzido coercitivamente para depor na sexta-feira (4).
De acordo com Mikalovski, as ameaças também foram feitas a policiais. Como medida, o sindicato ajuizou duas ações cíveis por danos morais em favor de delegados da Lava-Jato insultados em redes sociais e prepara mais duas.
Ele disse que a segurança foi prestada sem o pedido de Sérgio Moro, porque essa é uma obrigação da PF, que detectou ameaças a partir de monitoramento de suspeitos. As ameaças foram feitas, em sua maioria, em redes sociais, como facebook e twitter.
Mikalovski não quis polemizar se os autores das ameaças em militantes do PT ou simpatizantes do ex-presidente Lula. De acordo com ele, a atuação da PF é sobre fatos, e não pessoas e partidos, embora isso determinadas pessoas e partidos sejam suspeitos de terem cometido crimes.